Compositor portelense registra show em comemoração a seus 80 anos, em única apresentação no sábado do dia 25 de maio.
Na véspera do seu aniversário de 80 anos, em 11 de novembro de 2022, Paulinho da Viola iniciou, no QUALISTAGE, uma turnê nacional em comemoração à sua trajetória de mais de meio século na música brasileira. O show contava com a direção de Cláudio Botelho e participação dos músicos que acompanham o artista há muitos anos. Ao longo de 2023, a turnê percorreu mais de 15 cidades em 12 estados brasileiros e foi vista por mais de 50 mil pessoas.
Agora é a hora de voltar para casa, em mais uma apresentação para o público carioca, e com direito a gravação para um registro audiovisual (aquilo que até outro dia mesmo se chamava DVD): Paulinho retorna ao Qualistage no dia 25 de maio, às 21h30, cantando samba, porque só assim ele se sente contente...
- Mas como assim 80 anos?
Pois é, o tempo passa como um rio na vida de Paulinho. O ano de 1942, que deu à MPB nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Milton Nascimento, antes de chegar ao fim viu nascer o menino de Botafogo (porém vascaíno, é claro), filho do violonista e chorão César Faria e de dona Paulina, que cresceu ouvindo o conjunto Época de Ouro, integrado por Seu César, e conheceu o samba na União de Jacarepaguá, antes de chegar à Portela.
A soma do batuque sambista com a elegância do choro, além da companhia de bambas como Monarco, Nelson Cavaquinho, Manacéa, Elton Medeiros e Walter Alfaiate, rendeu uma obra com pérolas como “Argumento”, “Coração leviano”, “Para um amor no Recife”, “Para ver as meninas”, “Eu canto samba”, “Timoneiro” e muitas outras, sempre entoadas pela voz leve, quase sussurrada – eventualmente emprestada a canções de outros autores, como na clássica versão de “Nervos de aço”, de Lupicínio Rodrigues –, do cantor e mestre no violão e no cavaquinho. Ao lado de companheiros de banda históricos como Celsinho Silva (pandeiro e voz) e Hércules (percussão), além dos filhos João e Beatriz Rabello, Paulinho registra o show dos 80 anos dando mais um presente ao Rio. Sorte a nossa.